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terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Para nossos filhos, O Melhor!



Você já pensou em como quer ser tratado pelos seus filhos quando eles crescerem?
Quem cria um filho sabe como todo o processo é dificultoso. Abre-se mão de muita coisa. Sua vida se transforma em todos os sentidos. Outras preocupações, outras prioridades. Para ir além do clichê das noites mal dormidas (que já é um clichê bem doloroso), tem um monte de outras escolhas que transformam seu modo de ver e de entender o mundo.
Mesmo sendo tão complexo, difícil, esgotador, ainda assim, muitas pessoas querem muito ter filhos. O que nos motiva a uma escolha dessas? Não sei!!!!
Sempre quis ter um filho porque queria ter um filho. Mesmo sabendo que seria difícil, queria ter. E hoje, já tendo uma visão completamente diferente e mais realista da coisa, continuo querendo ter mais um... porque??? Sei lá, acho que quero uma família... eu sei que uma família pode ser duas pessoas, eu sei que, para ser feliz, não é preciso ter filhos. Eu sei de tudo isso, mas, no meu caso, é isso que eu quero, mas respeito quem quer outras coisas: casar, não casar, namorar, viver em casas separadas, na casa dos pais, ter ou não filhos, adotar,... enfim... cada um tem seus projetos. Mas, hoje, quero falar sobre quem quer ter filhos ou já tem.
Imagino que todo o pai e toda a mãe imaginem coisas para seu filho. Alguns sonham com uma profissão, com uma ideologia, com um time de futebol, com uma religião, enfim... todos nós, como pais e mães, sonhamos com um futuro para nossos rebentos. O recheio desse futuro varia de pessoa para pessoa e acho isso completamente natural, afinal vc se baseia em sua vida, em suas dificuldades, em seus medos, e, basicamente, não quer que seu filho sofra as privações que você sofreu. Certo? Geralmente é assim... Considerando tudo isso, podemos dizer que queremos, para nossos filhos, o que entendemos que seja O Melhor. Isso dentro da visão de cada pessoa: o que é melhor para mim pode não ser o melhor para vc (sabendo que cada um vive uma realidade diferente e acredita em coisas diferentes).
Então, entre todos os sonhos que você guarda para seu filho, repito a pergunta do começo: Você já pensou em como quer ser tratado pelos seus filhos quando eles crescerem?
No mínimo, queremos ser bem tratados. Quando minha filha crescer, quero fazer parte de sua vida, quero estar sempre por perto, não precisa ser fisicamente (se for, melhor), mas quero estar presente de alguma maneira e acompanhar suas escolhas.
Bom, tudo isso pode ou não acontecer. Eu não sei como será nosso futuro. Mas, eu sei como é meu presente. E, para descrever meu presente, é impossível não citar minha mãe. Ela sempre esteve muito presente na minha vida. Agora, que sou adulta, nossa relação é muito mais madura e consigo entender com muito mais clareza tudo que ela me diz. Isso é muito bom. Essa é a relação que quero ter com minha filha. Não sei se seremos tão amigas, mas tenho certeza de uma coisa: se as crianças aprendem pelo exemplo, tenho certeza que estou dando o exemplo de uma relação saudável com minha mãe. Quero que tenhamos o mesmo tipo de amizade, construída através do respeito mútuo. Quero que minha filha me admire como eu admiro minha mãe: tão guerreira, tão determinada, sempre capaz de enfrentar os desafios que a vida traz (e olha que são muitos). Uma mulher que foi capaz de reconstruir sua vida depois de treze anos de um casamento problemático e fracassado, a despeito do preconceito e de tanta gente que se acha um Deus onipotente, cheio de verdade, mas incapaz de se colocar no lugar do outro. Essa mulher que me criou e criou meus irmãos. Ela é perfeita? Não. Eu concordo com tudo que ela faz? Não. Ela me deu tudo que eu queria? Graças a Deus, não! Eu a amo? Muito, não me imagino sem ela.
O que quero dizer com tudo isso? Que tenho a melhor mãe do mundo e que tenho muita sorte por isso (azar de quem não tem)? Não. Ela é a melhor mãe do mundo para mim, como todas as mães são as melhores mães do mundo para seus filhos. Quero dizer o seguinte: para ver seus filhos bem, quase todas as mães do mundo farão tudo o que puderem, dentro de suas limitações (de idade, de dificuldade financeira, de crenças, de limites emocionais, de suas próprias frustrações, de seus próprios medos e anseios). Você carrega traumas de infância? Você não teve as oportunidades que gostaria de ter tido? Seus pais não pagaram por seus estudos? Você não fez aquela viagem que todos fizeram? Mas, e seus pais, como foi a vida para eles? Você já parou para pensar no que custou, para eles, fazer você chegar até aqui? Você já parou para pensar no tipo de tratamento que eles tiveram de seus próprios pais?
Com certeza, não darei tudo que minha filha precisa. Com certeza, vou “errar” em alguma coisa. Mas, quem sabe, essa não é a maneira que temos de ensinar nossos filhos a serem melhores do que nós mesmos. Os ensinamos a serem nossa imagem evoluída. “Errando” ocasionalmente e sem querer, lhes damos a oportunidade de fazerem melhor do que o nosso melhor!
Enfim, a resposta da pergunta do começo do texto: Você já pensou
em como quer ser tratado pelos seus filhos quando eles crescerem? vem através de outra pergunta: Como você trata os seus pais? Provavelmente, o tratamento que você dá a seus pais é o melhor exemplo que se pode dar aos filhos sobre o amor. Nenhum pai é perfeito, mas, mesmo assim, nós os amamos. Essa é a beleza do amor: amar alguém pelo que essa pessoa é, com seus milhões de defeitos, aceitando suas escolhas e respeitando suas posições! Acredite, as crianças são plenamente capazes de perceber e de compreender essas relações. É nisso que eu aposto. Essa é minha garantia de um bom futuro para minha pequena! Esse é o Meu Melhor.


Fonte das imagens:
CORAÇÃO: http://taniamara-taniamara.blogspot.com.br/2012/05/maequem-dera-por-descuido-deus-te.html
AVÓ: http://saudeoeste.blogspot.com.br/2011/01/mae-e-mae-avo-e-avo.html 

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